sábado, 9 de julho de 2011

ARTERITE TEMPORAL



Sinônimos:
Arterite temporal ou arterite de células gigantes.

Trata-se de uma doença autoimune (do seu próprio organismo) de etiologia desconhecida, que cursa com cefaléia (em idosos principalmente); geralmente acomete a artéria temporal superficial (artéria que passa nas têmporas), embora esteja relacionada com outras artérias.
Artérias de médio calibre sofrem uma alteração inflamatória, com deposição de células ditas "gigantes" e linfócitos (células especializadas do nosso sistema imunológico), com estreitamento da luz da artéria, resultando em isquemia distal (falta de circulação) e estimulação de fibras dolorosas. Quando acontece perda visual deve-se considerar como uma emergência médica.
O que se sente?
Dor de cabeça: cefaléia temporal em idosos
Sintomas neurológicos: isquemia (AVC, derrame), perda ou diminuição auditiva, mielopatias neuropáticas (degeneração dos nervos)
Claudicação da mandíbula: ao executar a mastigação ou ao falar ocorre dor mandibular por isquemia dos músculos associados, é característico dessa doença e acontece em uma proporção alta de pacientes
Sintomas visuais: cegueira transitória ou definitiva ou diplopia (enxergar duplo)
Outros sintomas como: perda de peso, polimialgia reumática (dores musculares e nas juntas) aparecem em um quinto dos casos.
Como o médico faz o diagnóstico?
Anamnese e exame físico pela palpação da artéria temporal superficial que deverá estar mais grossa, dolorida e sem pulsação.
Exames laboratoriais, como aumento da velocidade de sedimentação (VSG ou VHS), proteína C reativa elevada, fosfatase alcalina elevada.
Biópsia de artéria superficial temporal para comprovação e verificação das células gigantes e linfócitos.
Angiografia pode ser útil ao diagnóstico.
Como se trata?
Com elevadas doses de corticóides.
Deve-se monitorar as provas de reação inflamatórias (diminuição do VSG, proteína C reativa).
A arterite temporal é autolimitada e o uso de corticóides deverá ser suspenso entre 6 meses a 2 anos.
É preciso atenção e cuidados com o uso de corticóides que podem levar a osteoporose, psicose, hemorragia digestiva.

BY: Raade Saldanha

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